História em Quadrinhos
Desde a
pré-história o homem primitivo utilizava o desenho como forma de se
expressar. Os egípcios usavam como desenho os hieróglifos e vários de
seus monumentos revelam sucessões de escritas e desenhos feitas em
coluna de pedra relatando histórias ou pequenos acontecimentos.
Os
quadrinhos é a arte de narrar uma historia através de sequências de
imagens, desenhos ou figuras impressas. A sua linguagem é formada por
elementos como: Requadros, Balões e traços que formam os personagens e
os cenários, roteiro (com palavras e as onomatopéias), etc. Os diálogos
entre os personagens, seus pensamentos e a própria narração aparecem sob
a forma de legendas ou dentro de espaços irregulares chamados de
balões.
Conhecidas em outras culturas como Comix (Estados Unidos); Histórias em Quadrinhos (Portugal); Bandes dessinées (França); Fumetti (Itália); Tebéos,(Espanha); Historietos ( Argentina); Muñequitos (Cuba); Magas,
(Japão); ou simplismente Gibi (Brasil): as Historias em Quadrinhos vem
conquistando um grande número de admiradores, em todo mundo.
As
historias em Quadrinhos surgiram em 1896, nas páginas de um jornal
americano com o Yellow Kid (O Menino Amarelo). No começo, eram
produzidas como um recurso comercial para atrair o público dos jornais.
Historias em Quadrinhos, também conhecida como “Arte Seqüencial”, tem
forte influencias de outras áreas artísticas como a literatura e o
cinema.
Nos
Estados Unidos, paralelamente aos quadrinhos de aventura e de ficção
científica (Deville, Homem-aranha, Batmem e outros), desenvolve-se a
linha dos quadrinho cômicos, conceituais, com personagens que se
tornaram muito populares, como o Mickey e o Pato Donald de Walt Disney: Charlie Brown e o Snoopy, de Schulz.
Os quadrinhos são uma forma de comunicação em massa. A técnica ganhou desenvoltura, após 1920. Nos anos seguintes há uma verdadeira explosão da arte cinematográfica. Os personagens são heróis como Tarzan e Flash Gordon.
Personagens
como: Batman, Homem-Aranha. Super-Man, Wolverine, Electra, Demolidor,
Homem de Ferro, Mulher Aranha, Tio Patinhas, Hulk, Goku, surgiram graças
ao fantástico universo dos quadrinhos. No Brasil, personagens de
personalidades brasileiras ganharam destaques no mundo, como “A Turma da
Mônica” (Maurício de Sousa) e “O Menino Maluquinho” (Ziraldo), entre
outros.
Os Quadrinhos no Brasil
Durante
muito tempo, a produção de histórias em quadrinhos se limitava a
produção de originais estrangeiros, sobretudo americanos. Os personagens
brasileiros surgem com o lançamento das primeiras revistas nacionais,
como O tico-tico e o Suplemento Juvenil.
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A Turma da Mônica |
O Tico-tico(1905) foi a primeira revista brasileira de história em quadrinhos. Ela
tinha entre seus fãs declarados Rui Barbosa e Carlos Drummond de
Andrade. A revista trazia diversas histórias e personagens, além de
adaptações de clássicos da literatura na forma de quadrinhos.
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O Amigo da Onça |
Em 1939, o Grupo Globo de Roberto Marinho lança a revista Gibi, com histórias de diversos personagens. A publicação fez tanto sucesso, que "gibi" virou sinônimo de revistas em quadrinhos. Amigo da Onça: Lançada em 1943, na revista O Cruzeiro, a principal revista brasileira na época.
Os
autores de história em quadrinhos são geralmente grandes artistas,
todos de notável habilidade técnica, que conseguem transformar a imagem
fixa em uma linguagem.
Como fazer um gibi
Para desenhar os quadrinhos é preciso, além da inspiração, conhecer algumas técnicas
Se
você tem uma idéia incrível para uma história em quadrinhos, já está a
meio caminho de conseguir fazê-la. Mas há etapas a serem cumpridas antes
de seu gibi ser um sucesso. Veja.
1. Criação dos personagens
Dos
protagonistas aos tipos secundários, o autor precisa planejar tudo,
para não cair em contradição mais tarde. O ideal é ter em mente cada
personagem, com a personalidade, o aspecto físico, o estilo das roupas,
os vícios e as virtudes. Nessa fase, o artista deve desenhar cada um dos
tipos em posições variadas e em expressões faciais bem marcadas.
Treinando o seu traço não haverá perigo de, ao longo da história, o
personagem ficar irreconhecível.
2. Argumento e roteiro 
O argumento é a idéia geral da história, com começo, meio e fim
.
Quando é trocado em miúdos, tem-se o roteiro, que deve ser planejado
quadro a quadro. Nessa fase as páginas são diagramadas, as cenas
descritas e os diálogos finalmente definidos.
3. Desenho
A
lápis, as linhas de todos os elementos das páginas são marcadas
personagens, cenários, balões (já no caso dos textos, escritos a lápis),
onomatopéias (palavras que reproduzem sons naturais, como Tchibum! Pou!
Crás! ) e os contornos dos quadrinhos.
4. Letras 
Com
tinta nanquim (os alunos podem usar uma caneta hidrográfica preta de
ponta fina), o texto dos balões e as onomatopéias são finalizados. Os
profissionais trabalham com páginas cujo espaço para letras já vem
pré-marcado. Um erro muito comum para quem está começando é
entusiasmar-se demasiadamente e desenhar todo o quadrinho antes de
decidir o texto que acompanhará a imagem. Quando chega a hora de
preencher os balões, descobre-se que o espaço é curto. Aí é tarde.
Planeje, então, o desenho e o texto simultaneamente. O melhor modo de
fazer isso é checar e rechecar o seu roteiro.
5. Arte-final
Como
as letras, os demais elementos gráficos recebem a tinta preta, cobrindo
cuidadosamente os traços a lápis e corrigindo eventuais falhas. Você
pode optar por usar caneta ou pincel. Para dar efeito de luz e sombra,
pode-se hachurar ou pontilhar. Nos quadrinhos de autor, o arte-finalista
e o desenhista são a mesma pessoa.
6. Cor
A última etapa antes
da impressão do gibi é a colorização dos quadrinhos. Os desenhistas
profissionais vêm usando cada vez mais programas gráficos de pintura por
microcomputador. Na classe, os alunos podem optar entre os lápis de
cor, as canetinhas ou outras técnicas de pintura que já tenham sido
trabalhadas em sala de aula.
Fonte: http://fabianaeaarte.blogspot.com/2011/05/historia-em-quadrinhos.html